sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rubra? Porque não?!
Assim, sem querer, te tornei especial, sim, eu te tornei. Pois, somos nós que tornamos o outro. Vemos no outro aquilo que queremos ver. Te vi assim, especial. Quis voltar atrás, tornar as coisas menos belas e menos fortes, mas já era tarde. Aquilo, que antes parecia indecifrável, tomou tanto espaço que se tornou inaprisionável e, saindo de um extremo a outro, me atordoou. Parei no meio da estrada, sem bússola, sem mapa, sem norte... Apenas com um reflexo do que eu imagino que seja isso, que não tem nome, mas ocupa tanto espaço que, em meio ao sentido absoluto, não faz sentido algum. Imersa nesse caleidoscópio de informações desencontradas, vejo aquele papel amarelado e me lembro das cartas que pensei em escrever. Mas não se escreve mais cartas... Mesmo assim, olhando para aquele papel amarelado, lembro daquele pôr-do-sol, em algum lugar lá atrás ou lá na frente, não sei ao certo, mas aquele pôr-do-sol onde os olhos voltaram a ver e, quem sabe, tudo voltaria a ser belo novamente, ou voltará... Mas não dá mais tempo e tenho novamente que esperar, esperar por você, por mim, pelo encontro ou, simplesmente, pela espera.